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Da Atenção Primária à Especializada, Ministério da Saúde oferece os cuidados necessários a crianças com cardiopatia congênita

A cada 100 nascimentos no país, estima-se que um bebê tenha malformação cardiovascular. Acompanhamento pré-natal é fundamental para que os cuidados comecem ainda na gestação.

Um alerta importante deve marcar o Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita, neste 12 de junho. As malformações congênitas, no geral, figuram entre a segunda e a terceira causas mais comuns de morte no primeiro ano de vida do bebê. Para atender a famílias e pacientes, o Ministério da Saúde oferta todo o cuidado necessário aos cardiopatas congênitos, desde a atenção primária até a especializada.

O Ministério da Saúde estima que a incidência da doença seja de 8 a 10 crianças cardiopatas a cada 1.000 nascidos vivos, ou seja, uma criança a cada 100 nascimentos tem malformação cardiovascular. As cardiopatias congênitas são as malformações mais frequentes e também aquelas responsáveis pelas maiores causas de internação hospitalar nos primeiros meses e anos de vida do bebê.

Na metade dos casos, em média, a cardiopatia apresenta um bom prognóstico, evoluindo espontaneamente para cura ou seguindo sem qualquer manifestação de gravidade no bebê. Nesse caso, o problema é diagnosticado apenas na vida adulta. Outros casos já têm o potencial de se agravar nas primeiras semanas de vida, como as chamadas cardiopatias congênitas críticas, exigindo estabilização, cuidados clínicos, acompanhamento e, eventualmente, correções por meio de procedimentos cirúrgicos ou cateterismos.

De fato, os casos mais graves de cardiopatias congênitas requerem suporte médico-hospitalar imediato.

O acompanhamento pré-natal das gestantes é fundamental e pode ser realizado junto às Unidades Básicas de Saúde. Quando é necessário o acesso ao acompanhamento especializado, as famílias são encaminhadas para ambulatórios de especialidades, policlínicas e hospitais, para que os bebês e as crianças passem por consultas com cardiologistas e outros especialistas.

Diagnóstico

As cardiopatias congênitas manifestam-se de formas muito variáveis. Os sinais podem surgir logo após o nascimento do bebê ou, ainda, nos primeiros dias e semanas de vida. Mas podem também aparecer mais tarde, ainda na infância ou na adolescência. Há casos que podem nunca se manifestar, de modo que a doença acabe sendo diagnosticada na vida adulta.

O diagnóstico precoce para a detecção de defeitos cardíacos congênitos pode ser realizado por meio da ultrassonografia obstétrica no pré-natal. O exame clínico da mãe e a realização de ultrassonografia são instrumentos indispensáveis para a saúde do bebê ao nascimento.

A ultrassonografia realizada por profissionais capacitados nos momentos apropriados da gestação, por exemplo, é capaz de identificar boa parte das anomalias congênitas, inclusive, as cardiopatias, propiciando o acompanhamento especial da gestação de fetos com malformação e possibilitando a adoção de medidas precoces, que visam a assegurar o parto adequado e o encaminhamento em tempo oportuno para o acompanhamento especializado e tratamento, quando necessário.

“Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, menores sãos os riscos de reinternação hospitalar e de óbito, e maior é a qualidade de vida das crianças”, pontua a secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES), do Ministério da Saúde, Maíra Botelho.

Projeto Renasce

O projeto de Implantação e Implementação de Rede Nacional de Saúde Cardiovascular Especializada (RENASCE) é uma iniciativa do Ministério da Saúde, com o objetivo de integrar, qualificar e expandir as ações e serviços de assistência às crianças com cardiopatia congênita no SUS.

O projeto RENASCE vem contribuir de modo oportuno para melhoria das condições de atendimento integral nos casos de cardiopatias congênitas, considerando as metas propostas e pactuadas no Plano Nacional de Saúde (PNS) 2020-2023, no eixo que trata da ampliação da oferta de serviços da atenção especializada com vista à qualificação do acesso e redução das desigualdades regionais, em consonância com a meta de ampliar para 60% o número de crianças nascidas com cardiopatia congênita operadas no primeiro ano de vida.

Com informações do portal gov.br (12/06/2022)