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Saúde lança Câmara Técnica para elaborar políticas públicas de redução da mortalidade materna

Colegiado promoverá debates e intercâmbio de experiências para implementação de ações direcionadas ao tema

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (31) a Câmara Técnica em Mortalidade Materna. O colegiado irá avaliar e propor medidas para diminuir as taxas de mortalidade das mães. Além disso, serão levantadas novas referências científicas sobre o tema.

Durante cerimônia de lançamento, realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou o compromisso da Pasta em combater a mortalidade materna. “Essa Câmara Técnica será uma luz para nos orientar sempre no caminho da ciência”, disse.

Com caráter técnico, consultivo e educativo, o colegiado vai atuar no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). “O Ministério da Saúde tem em mente que a responsabilidade do Estado brasileiro é com a dignidade da pessoa humana e com a vida”, completou o ministro.

O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, afirmou que o governo trabalha para qualificar os profissionais da atenção primária. “Temos como pauta prioritária a saúde das mulheres, principalmente com foco em reduzir um dos problemas históricos do nosso país: a mortalidade de gestantes por infecções e outras situações de risco. Instituímos a câmara técnica para investigar as causas de morte materna, adequar as políticas públicas e trazer respostas à população”, afirmou durante o evento.

A Câmara Técnica é composta por representantes do Ministério da Saúde, membros do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e de comitês estaduais de mortalidade materna.

O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, lembrou que a pandemia de Covid-19 aumentou as dificuldades de realizar o pré-natal recomendado. “Ter um evento como este reforça a importância de guiarmos as políticas de proteção para todo o país. Cuidar da puérpera e da gestante de Norte a Sul do Brasil é fundamental para impedirmos novas mortes”, afirmou.

Também são atribuições do colegiado a orientação sobre métodos e procedimentos que reduzam as mortes desse público, a colaboração com instituições de pesquisa e a revisão de normas técnicas e científicas relacionadas ao tema.

AÇÕES ESTRATÉGICAS

A Câmara se une a diversas ações de cuidado com gestantes e puérperas que o Ministério da Saúde adotou durante a pandemia de Covid-19. A iniciativa é uma parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Ministério busca levar conhecimento aos profissionais de saúde que atuam com a atenção materna.

O reitor da Unifesp, Nelson Sass, lembrou que a cooperação sobre as instituições é essencial para o êxito das políticas públicas. “Entendo que neste momento de crise a Câmara é uma oportunidade preciosa para que toda a qualificação do sistema possa realmente avançar”, avaliou.

Cerca de 5.150 profissionais já aprenderam com especialistas sobre casos clínicos de gestantes e puérperas com Covid-19. Eles também receberam orientações sobre a conduta de cuidado a ser ofertada no serviço.

A atividade compõe a estratégia da pasta para a implementação do Manual de Recomendações para a Assistência à Gestante e Puérpera frente à Pandemia de Covid-19. O objetivo também é o apoio à tomada de decisão dos profissionais de saúde na assistência dessa população e demais intercorrências obstétricas ameaçadoras à vida materna.

Com informações do portal gov.br (31/05/2021)