A consolidação de um Complexo Industrial da Saúde, incentivo à pesquisa/inovação e reformas estruturais para minimizar o “Custo Brasil” são fundamentais, defende ABIIS.
O senador Humberto Costa recebeu o presidente do Conselho de Administração da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, Bruno Boldrin Bezerra, o diretor executivo, José Márcio Cerqueira Gomes, e o consultor de Relações Institucionais e Governamentais da ABIIS, Armando Queiroz Monteiro Bisneto, em seu gabinete, em Brasília no dia 10 de maio, para debater o setor de Dispositivos Médicos no Brasil.
O encontro faz parte da Agenda Saúde 2022/2030 – Dispositivos Médicos, que a ABIIS promove para apresentar os desafios e propostas para o setor às lideranças públicas e pré-candidatos à Presidência da República. Desde dezembro do ano passado, a diretoria já se reuniu com o pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes; com oex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; com o então pré-candidato à presidência pelo Podemos, Sergio Moro; e com o pré-candidato do Novo, Luiz Felipe d’Avila.
“O Estado Brasileiro precisa priorizar a Saúde, que tem um potencial social e econômico gigantesco. O SUS é o maior comprador de produtos médicos do mundo. Gostaria de colocar as 17 propostas da ABIIS, que são apartidárias, à disposição da equipe de campanha do PT e queremos participar dessas discussões. Pedimos que o setor seja ouvido”, solicitou Bezerra.
Humberto Costa, que é médico e ex-ministro da Saúde (entre 2003 e 2005), defendeu que é necessário o país ter o mínimo essencial do ponto de vista estratégico para que possa produzir e ter acesso fácil a produtos médicos, já que, na opinião dele “a pandemia que vivemos pode ser apenas a primeira de uma série de emergências sanitárias do mundo”. E complementou: “Além do mais, a área da Saúde é muito forte na geração de empregos qualificados. Hoje o Brasil tem, ainda, uma balança comercial negativa em relação ao setor, que representa um pedaço significativo do PIB, mas não se dá importância para isso”.
O ex-ministro afirmou que vai analisar os dados fornecidos pela Aliança e que levará o material para o grupo de trabalho na área da saúde da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É importante ter essa visão da parte do empresariado. Para não sonharmos com coisas inviáveis e não subestimarmos as potencialidades que o país tem”, finalizou.