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Governo libera R$ 12 milhões para implantação de unidade da Fiocruz em Ribeirão Preto, SP

Unidade deverá ser instalada no Supera Parque Tecnológico e será voltada a pesquisas de inovação e desenvolvimento tecnológico para a área da saúde.

 

O governo de São Paulo liberou um aporte de R$ 12 milhões para a implantação de um núcleo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), autarquia de inovação em saúde ligada ao governo federal, em Ribeirão Preto (SP). Essa será a primeira unidade da Fundação no Estado.

O documento foi assinado na última segunda-feira (10), durante uma reunião no Supera Parque Tecnológico, dentro da USP de Ribeirão Preto, onde o núcleo deverá ser instalado.

O recurso será repassado pelo Fundo Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCET), iniciativa ligada à Agência Desenvolve SP. De acordo com o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Silva, o valor não se trata de um empréstimo.

“Falei diretamente com o governador Márcio França sobre a importância da Fiocruz para nossa região e ele autorizou imediatamente. É o primeiro projeto aprovado para investimento em pesquisa científica que não terá que ser pago de volta ao Estado”, afirmou o secretário.

Segundo o governo, os recursos serão destinados à implantação de projetos de pesquisa e desenvolvimento de dispositivos voltados ao diagnóstico rápido de zika, dengue e chikungunya, além de outras pesquisas voltadas à área da saúde. Os serviços serão disponibilizados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em entrevista concedida ao G1, em março deste ano, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, informou que a Fundação planejava inaugurar a unidade no primeiro semestre deste ano, com investimento de R$ 7 milhões a serem usados na reforma e mobiliário de um prédio da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e para a manutenção das atividades no laboratório por ao menos quatro anos.

Questionada sobre nova previsão de início das atividades e a diferença de valores do anunciado anteriormente, a Fiocruz não respondeu. A Fundação disse, em nota, que os recursos serão alocados pelo Funcet ao longo de dois anos.

“Os recursos a serem alocados a fundo perdido pelo Funcet-SP da Secretaria de Ciência e Tecnologia somam R$ 12 milhões ao longo de 2 anos. Neste projeto já houve um aporte do BNDES no valor aproximado de R$ 6 milhões e que ampara o desenvolvimento do projeto”, informou.

Em nota, a Fundação também disse que o governador de São Paulo assinou documento que autoriza a utilização do fundo, mas o processo, para efeito de contratação, ainda não foi finalizado.

“Por se tratar de dispensa de contratação e financiamento a fundo perdido, o processo foi encaminhado para a Procuradoria-Geral do Estado, onde está nesse momento. Após o parecer da Procuradoria, o processo deve retornar para a Secretaria de Ciência e Tecnologia concluir e formalizar a contratação da Fiocruz através do Instituto de Biologia Molecular do Paraná, vinculado à Fiocruz e com sede em Curitiba, e iniciar a operação”, informou a Fiocruz.

A Fiocruz informou que vai operar no Supera Parque a partir do Instituto, com uma plataforma de desenvolvimento tecnológico e de produção com um projeto lab on a chip, um pequeno dispositivo que integra e automatiza todas as etapas de análise laboratorial convencional em sistema que cabe em um chip.

“A expectativa é que a tecnologia venha a produzir diagnóstico rápido, sendo plataforma tanto para doenças infecciosas quanto para doenças crônicas não transmissíveis, além de reduzir o desperdício e a exposição a substâncias químicas perigosas”.

A Fundação Oswaldo Cruz está presente em 11 estados do país e existe há 116 anos, quando iniciou suas atividades no combate da febre amarela e da peste bubônica.

 

Acordo de cooperação

A Fiocruz já havia anunciado a instalação em fevereiro do ano passado. A iniciativa estava sendo negociada há 16 anos, entre a autarquia e a USP de Ribeirão Preto e foi aprovada após um acordo de cooperação técnico-científica.

O objetivo da iniciativa é integrar esforços e conhecimento na produção de novas tecnologias voltadas para a saúde pública, além de estabelecer parceria com empresas de biotecnologia locais para reduzir o déficit na balança comercial brasileira gerado pela importação de diferentes medicamentos para o SUS.

O acordo ainda prevê parcerias com empresas voltadas ao setor de saúde abrigadas no Supera, parque tecnológico que apoia projetos de inovação em diferentes áreas.

 

 

 

Com informações do Portal de Noticias G1 (18/12/2018)