O diretor-executivo da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI, Bruno Bezerra, apresentou a palestra “Panorama sobre os fornecedores de produtos para a saúde 2020/2021”, durante Webinar da IQVIA Brasil, em 12 de março. O evento foi promovido pela IQVIA, que é líder global no uso de informação, tecnologia, análises avançadas e expertise humana para ajudar clientes a impulsionar a área da saúde.
Bruno Bezerra fez uma breve apresentação da Associação detalhando quem representa e quais áreas de atuação dentro do setor de saúde. Destacou o impacto da pandemia entre os associados com queda no volume cirúrgico provocado por suspensão, adiamento ou cancelamento de procedimentos eletivos. “O faturamento das empresas despencou entre 80% e 90%, no auge do isolamento social no ano passado, e tem retomado de forma muito lenta e inconstante”, detalhou. “Soma-se a isso, diversas distorções setoriais históricas como retenções de pagamento pelos contratantes, glosas injustificadas e inadimplência”, completou o diretor da ABRAIDI.
Bezerra ainda lembrou de problemas logísticos, enfrentados por dos distribuidores e importadores em todo o país, em virtude do preço do frete que ficou mais caro entre 50% e 100%, dependendo da região, pela interrupção de diversas conexões aéreas, diminuindo drasticamente a oferta.
O diretor-executivo destacou as medidas adotadas pelos associados para tentar minimizar a crise sanitária. “Houve reforço na equipe de vendas, ampliação ou redução no portfólio de produtos, redimensionamento de equipes de colaboradores, renegociação de contratos com clientes e fornecedores e revisão de estrutura com corte de custos”, citou Bezerra com base em levantamento feito pela ABRAIDI.
Durante a palestra, o dirigente fez uma projeção para o ano dos desafios que devem permanecer como a instabilidade no câmbio; aumento de impostos, como ocorreu em São Paulo com o ICMS, provocando insegurança jurídica; possíveis novas restrições logísticas; renegociação e reajustes de preços; “e a economia de forma geral que se mostra frágil e deve atrapalhar a retomada de todos os setores, inclusive o da saúde”, concluiu Bruno Bezerra.
Com informações do site da ABRAIDI (15/03/2021)