Temática está entre as prioridades do Ministério da Saúde, que forneceu investimento que deve alcançar R$ 556 milhões em 2024.
Evolução recente da ciência no Brasil e no mundo, formação de pesquisadores e combate à desinformação e anticiência. Esses são alguns dos temas que integram a programação da V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento começou nesta terça-feira (30), em Brasília, e segue até quinta-feira (1°/8). A abertura do evento contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também participou da solenidade.
O tema desta edição da conferência deste ano é “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido”. O evento de abertura também marcou a entrega do Plano de Inteligência Artificial brasileiro ao presidente. “Era muito importante que vocês não tratassem o dia de hoje como uma coisa menor, como uma coisa insignificante. Os cientistas estão pensando no Brasil”, disse Lula.
Na quarta-feira (31), está prevista a participação da ministra Nísia Trindade, na plenária sobre o papel da ciência, tecnologia e inovação no complexo industrial da saúde. Nísia fala do assunto ao lado da ministra dedicada ao tema, Luciana Santos, e de debatedores do Instituto Butantan e da Fiocruz.
A temática está entre as prioridades do Ministério da Saúde. A pasta triplicou o orçamento para ações de ciência, tecnologia e inovação: passou de R$ 116 milhões, em 2022, para R$ 390 milhões em 2023. Em 2024, o investimento deve alcançar R$ 556 milhões. Até 2026, serão R$ 42,1 bilhões no desenvolvimento do Complexo. Do total, R$ 8,9 bilhões serão por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Ciência e futuro
Beatriz Franco, 17 anos, de São Paulo, é coordenadora do projeto de divulgação científica Jovens Cientistas Brasil. Uma das ações que ela coordena é o Vaccinou, iniciativa que busca contribuir para reverter a queda da imunização que o Brasil sofreu nos últimos anos. ““Fizemos uma ação muito legal na época da covid (para divulgar a importância da vacinação) e ainda hoje para falar de outras vacinas e levar informação para as pessoas. Nosso trabalho também é divulgar a ciência em parceria com a saúde, comunicar isso para a sociedade”, explica.
As irmãs Beatriz e Isabella Toassa, também moradoras de São Paulo, também marcaram presença no evento, que tem como tema o assunto que elas mais curtem conversar. Fundadoras do canal no Youtube Dupla BigBang, as duas fazem parte Grupo de Embaixadores Mirins do Pop Ciência e têm orgulho de afirmar que são as mais jovens cientistas do Brasil.
“Saúde é ciência. E ciência é vida. As duas coisas estão juntas e giram em torno de tudo. O que a gente faz é mostrar para as crianças e adolescentes que a ciência é para todos, assim como a saúde deve ser”, diz Beatriz, de 14 anos. “O que a gente quer é que mais pessoas se interessem pela ciência e tenham acesso ao conteúdo científico. E mostrar que é algo divertido, leve e acessível, que não tem nada de chato”, completa Isabella, de 13 anos.
João Vitor Garcia, 14 anos, morador de Fortaleza, é palestrante e divulgador das olimpíadas nacionais de ciência. “Um dos meus focos no trabalho de divulgação científica é conseguir levar conhecimento para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. Essas pessoas muitas vezes precisam trabalhar para ajudar em casa, e não conseguem estudar. Justamente por isso não possuem oportunidades de conhecer a ciência e nem perspectiva de mudar de vida”, conta o adolescente.
Com informações do Portal Gov.br – 30.07.2024