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SUS irá oferecer teste rápido de detecção da tuberculose para pessoas que vivem com HIV/AIDS

A tecnologia será mais uma alternativa de diagnóstico precoce da tuberculose, otimizando o tratamento desses pacientes.

O Sistema Único de Saúde (SUS) irá oferecer mais uma opção no combate à tuberculose para pessoas que vivem com HIV/AIDS. O teste de fluxo lateral para detecção de lipoarabinomanano em urina (LF-LAM) foi recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e é uma alternativa de diagnóstico precoce da tuberculose na população que vive com HIV/AIDS, uma vez que é a doença infecciosa mais frequente e tem grande impacto na qualidade de vida e na mortalidade dessa população. 

Segundo o Relatório de Recomendação nº 591 de fevereiro/2021 da Conitec, pessoas vivendo com HIV/AIDS tem 25 vezes mais chances de ter tuberculose que a população em geral, e o risco de vir a óbito por causas relacionadas à doença infecciosa é 300% maior. O LF-LAM será adquirido pelo Ministério da Saúde e a incorporação no SUS trará benefícios às pessoas vivendo com HIV, agilizando o diagnóstico e otimizando o tratamento. 

TESTE 

Diferente dos métodos tradicionais, o LF-LAM é realizado por meio da amostra de urina do paciente. O resultado é um diagnóstico mais preciso e facilita a detecção da doença. A tecnologia usa sensibilidade aprimorada em casos de coinfecção por HIV-TB. Por ser mais fácil de coletar e armazenar a urina, o LF-LAM também reduz os riscos de infecção associados à coleta.

Atualmente, o SUS disponibiliza o teste rápido molecular (TRM-TB), o teste de cultura e a baciloscopia, que detectam a presença da micobactéria no escarro do paciente. Entretanto, mesmo que o paciente esteja com tuberculose, os exames de escarro podem apresentar falsos resultados negativos.

TUBERCULOSE 

Segundo dados do Boletim Panorama Epidemiológico da Coinfecção TB-HIV no Brasil 2019, em 2017 foram notificados 74.849 casos novos de tuberculose no Brasil. Dentre esses, 8.515 apresentaram resultado positivo para o HIV, o que representa uma proporção de coinfecção TB-HIV de 11,4%. 

Os sintomas clássicos da tuberculose são tosse persistente, seca ou produtiva, febre vespertina, suores noturnos e emagrecimento. A transmissão ocorre por meio da tosse, fala e espirro de indivíduos com a doença ativa. A tuberculose também pode permanecer latente, quando a pessoa infectada não desenvolve a doença, embora possa vir a apresentá-la em algum momento da vida. 

Com informações do portal gov.br (15/03/2021)