O objetivo é qualificar os profissionais de saúde para a utilização eficiente do novo sistema, otimizando o atendimento e tornando as informações de saúde mais acessíveis e precisas.
A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) deu início, nessa terça-feira (1°), ao primeiro Treinamento e Homologação do e-SUS APS na Saúde Indígena. O evento, que se estende até amanhã (3), é fruto de uma parceria com a Coordenação-Geral de Inovação e Aceleração Digital da Atenção Primária (Cgiad) e a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps). A atividade contou ainda com a participação de representantes da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi).
Lucinha Tremembé, secretária adjunta da Sesai, destacou a importância desse avanço. “Esta iniciativa é um marco para a saúde indígena, promovendo maior eficiência e segurança na gestão dos dados clínicos, laboratoriais e de vigilância. Estamos superando desafios históricos, e a interlocução com outras secretarias, algo alcançado e aprimorado nesta gestão. Todos esses avanços refletem nosso compromisso com a equidade no atendimento à saúde”, afirmou.
O objetivo do treinamento é capacitar os profissionais de saúde para a utilização eficiente do novo sistema, garantindo uma transição eficaz para a plataforma. O e-SUS APS visa modernizar a gestão das informações de saúde na Atenção Primária (APS), por meio de um prontuário eletrônico integrado, superando limitações do antigo sistema (SIASI) e promovendo uma coleta mais segura e eficiente dos dados.
O e-SUS APS SESAI (SIASI 4.0) faz parte do projeto de modernização da saúde digital indígena no Brasil. Junto com o InfoSUS IV, essa evolução promete aprimorar a coleta e gestão de dados das comunidades indígenas, otimizando o atendimento e tornando as informações de saúde mais acessíveis e precisas. A proposta é reduzir a fragmentação e aumentar a eficiência nos processos, impactando positivamente o atendimento prestado pelos profissionais de saúde.
Inovação na Saúde Digital Indígena
Pedro Peres, diretor do Departamento de Gestão da Saúde Indígena (Dgesi), ressaltou os benefícios que a transição trará para o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Segundo o diretor, o novo sistema aprimora a interoperabilidade e a privacidade dos dados, além de otimizar a eficiência operacional, reduzir custos e garantir um acesso mais ágil às informações de saúde. “O uso de tecnologias avançadas fortalece a governança e a gestão dos serviços de saúde, proporcionando uma atenção mais integrada, segura e de alta qualidade. Esta atualização é uma ferramenta de potencialidade e todos somos corresponsáveis por essa inovação que está transformando o atendimento às comunidades indígenas”, explicou.
Já Marcos Pedrosa, assessor da Saps, reforçou o impacto revolucionário do novo sistema. “Com o e-SUS APS, as informações dos usuários estarão na palma da mão dos profissionais de saúde, garantindo um atendimento mais qualificado. De forma inédita, essa plataforma contribuirá para assegurar um acesso justo e equitativo para todas as comunidades indígenas”, destacou.
Durante a abertura do evento, além de representantes da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) Nacional de Brasília, estiveram presentes os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) do Ceará, Interior Sul, Médio Rio Solimões e Afluentes, Yanomami e Xavante, que foram escolhidos para implementar o projeto piloto do e-SUS APS.
A capacitação dos trabalhadores continua até quinta-feira (3), na Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Com informações do Portal Gov.br – 02.10.2024