Leia também

Seminário debate cenário atual e perspectivas para a saúde suplementar em 2030

Evento foi realizado pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a ANS no dia 10/9, no Rio de Janeiro

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) participou e colaborou para a organização do Seminário FGV Saúde Suplementar 2030: como chegaremos lá?, realizado na sede da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, na quarta-feira 10/9. O evento reuniu diretores e gestores da Agência, autoridades, líderes do setor e especialistas para dialogar sobre panoramas e perspectivas do desenvolvimento do setor de planos de saúde no Brasil nos próximos 5 anos.

A abertura do evento foi feita pelo presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Ivan Simonsen Leal, que fez as saudações iniciais e apresentou os convidados dessa primeira sessão: a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS e coordenadora do seminário, Lenise Secchin; o secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz; o diretor da FGV, Luiz Ernesto Migliora Neto; e a coordenadora acadêmica da FGV, Tania Furtado.

Em sua exposição, Daniel Soranz destacou que a saúde suplementar não é um tema simples e que exige diálogo constante entre os atores do setor. “A ANS tem um papel muito importante neste contexto e, mais do que estipular regras, deve seguir dando transparência à sociedade ao que está acontecendo”, disse.

Na sequência, Lenise Secchin explicou que o propósito do seminário é multiplicar e reunir o conhecimento existente sobre a saúde suplementar, além de traçar as perspectivas futuras. Sobre a atuação da ANS, a diretora ressaltou: “a Agência é conhecida como uma das mais transparentes do Governo Federal. E atuamos para promover cada vez mais esse aspecto. Hoje, um dos nossos objetivos é fomentar o diálogo para que, de fato, tenhamos um sistema integrado de saúde público e privado”, comentou, encerrando a mesa de abertura.

O painel seguinte abordou o tema Financiamento da Saúde Suplementar. Pela ANS, participaram o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras, Jorge Aquino, e a gerente Econômico-Financeira e Atuarial dos Produtos, Daniele Rodrigues. Eles debateram com a presidente da SulAmérica e da FenaSaúde, Raquel Reis, e com o diretor executivo da Unimed Nacional, Jorge Oliveira. A moderação ficou a cargo da professora da FGV, Virene Matesco.

Em sua fala, Jorge Aquino enfatizou que toda a engrenagem do setor precisa garantir que tanto uma pessoa idosa quanto uma criança recebam atendimento de qualidade. “A nossa atual diretoria colegiada está alinhada e é unânime na missão de garantir que todo cidadão tenha um tratamento correto a um custo correto. Não vamos abrir mão disso em nossas decisões e ações”, declarou. O diretor ressaltou que, para isso, é fundamental considerar as múltiplas variáveis que precisam ser coordenadas para alcançar 2030 de forma sustentável.

Na análise sobre o financiamento do setor, Daniele Rodrigues abordou a importância do sistema mutualista frente ao envelhecimento populacional e à perda de capacidade de pagamento das famílias e empresas e a necessidade de realocação dos recursos de forma eficiente, no sentido de promover saúde e não tratar doenças. “Eu insisto nesse aspecto porque ele é a base do setor. Essa dinâmica se explica para que tenhamos mais pessoas saudáveis sendo capazes de pagar seus planos para que um grupo de pessoas doentes seja tratado”, ponderou.

A gerente da ANS também chamou atenção para a Consulta Pública 159, aberta até 19/10 para participação social, que busca contribuições sobre a reformulação da Política de Preços e Reajustes. Destacou que as regras de reajuste coletivo e criação de limites de coparticipação e franquia estão sendo reformuladas para acompanhar o dinamismo do setor. “Quando as regras atuais foram criadas, o nosso cenário demográfico e econômico era completamente diferente do que o que temos hoje. Por isso, a necessidade da discussão e da revisão desses normativos”, afirmou Daniele Rodrigues.

A manhã foi encerrada com a mesa Relacionamento Operadoras e Beneficiários, mediada pelo professor da FGV e ex-presidente da ANS, José Carlos Abrahão, com a participação da diretora de Fiscalização da Agência, Eliane Medeiros; do presidente da Abramge e vice-presidente da Hapvida, Gustavo Ribeiro; da vice-presidente de clientes da Amil, Juliana Pereira; e do diretor executivo da FenaSaúde, Bruno Sobral.

Eliane Medeiros apresentou sua visão para o futuro: “o passaporte regulatório para chegar em 2030 passa pela revisão dos nossos atuais normativos, pelo fortalecimento da fiscalização responsiva, pela cultura preventiva, educativa. E a operadora que não se adequar a essa nova realidade poderá sofrer as sanções adequadas. No final da equação, o que a ANS deseja é uma saúde de qualidade e um atendimento que seja bom o bastante para o consumidor”, ressaltou.

Tarde de debates sobre tecnologia e informação

À tarde, ocorreu a mesa Incorporação de Tecnologia em Saúde, com a participação da gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Ana Cristina Martins, e dos diretores da Abramge – Cássio Ide Alves – e da Bradesco Saúde – Thais Jorge. A mediação foi feita por Carlos Lobbé, diretor da MedSenior e professor da FGV.

Ana Cristina apresentou um panorama dos desafios da ANS na análise das tecnologias em saúde. “É preciso trabalhar a capacitação das pessoas para lidar com a incorporação de tecnologias. Temos muitos desafios, porque existem novas metodologias e estudos com abordagens diferentes, mas também é preciso lembrar da questão do tempo de análise, dos prazos curtíssimos por conta da lei. E estamos lidando com isso a partir do processo de revisão do escopo das análises, porque é a forma que temos para atender à legislação”, salientou.

A mesa seguinte, Informação em Saúde Suplementar, contou com a participação da diretora Lenise Secchin; da gerente de Padronização, Interoperabilidade, Análise de Informações e Desenvolvimento Setorial da ANS, Jacqueline Torres; da diretora do Departamento de Informação em Informática (Datasus), Paula Xavier; e da diretora-tesoureira do Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo (Sinamge), Nathalia Pompeu.

Sob a mediação da coordenadora acadêmica da FGV, Tania Furtado, Jacqueline destacou a importância dos sistemas de informação da Agência e da organização construída ao longo dos anos. “A informação funciona como um farol, nos ajudando a enxergar o que aconteceu no passado e nos mostrando o que vem à frente. E, na saúde suplementar, ela nos ajuda na regulação. Com os dados que temos registrados no Sistema de Informação de Beneficiários da Agência e no Padrão TISS, por exemplo, temos parte da história da saúde do país. E podemos transformar isso em valor”, destacou.

Ao encerrar o seminário, Lenise Secchin reforçou que as discussões do evento são fundamentais para o futuro da saúde suplementar. “Encontros como esse são necessários para promover o conhecimento e fortalecer a relação entre operadoras, beneficiários e prestadores do setor”, finalizou a diretora da ANS.

Com informações do Portal Gov.br – 12.09.2025.

Visão geral

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Leia mais sobre nossa política de privacidade e termos de uso.