Visitas técnicas monitoram projetos desenvolvidos por centros de pesquisa renomados.
O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), realiza o monitoramento de oito projetos desenvolvidos por centros de pesquisa em São Paulo voltados para o desenvolvimento científico e tecnológico do Sistema Único de Saúde (SUS). Os projetos contam com investimento total de R$ 360 milhões.
As visitas técnicas foram realizadas pelas equipes do Ministério da Saúde, de 2 a 4 de outubro, nos laboratórios localizados na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), no Hospital Israelita Albert Einstein e no Hospital Beneficência Portuguesa (BP).
Dentre os projetos desenvolvidos, destacam-se os estudos sobre a resistência à covid-19 em idosos; o Projeto Genomas Raros, uma iniciativa conjunta da pasta e do Hospital Israelita Albert Einstein, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), para o sequenciamento de genoma completo de indivíduos com doenças raras de suposta base genética e risco hereditário de câncer; e o aconselhamento genético para prevenção de doenças raras.
A diretora do Decit, Monica Felts, destaca a relevância desses projetos para o fortalecimento do SUS: “O projeto Genomas Raros é mais um importante vetor para consolidar a infraestrutura brasileira de testes genômicos, proteômicos, microbiômicos, metilômicos, entre outros, que são essenciais para a saúde pública de precisão. O horizonte do tratamento personalizado de doenças, tanto para indivíduos quanto para coletivos, não está distante. O Brasil deve proporcionar uma saúde de vanguarda e de altíssima qualidade em todo o SUS”, destacou.
O investimento e o monitoramento dos projetos fazem parte da estratégia do ministério de fortalecer a presença do Brasil na inovação biotecnológica aplicada à saúde, promovendo o desenvolvimento de técnicas eficazes para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), com a ampliação de laboratórios e ambulatórios no SUS e no Sistema de Saúde Suplementar.
Além disso, a estratégia visa agregar pacientes à base de dados do Programa Genomas Brasil, tornando-a mais representativa nos estudos de custo-efetividade em monitoramento genético. Dessa forma, é possível estruturar o sequenciamento completo do genoma para pacientes com doenças raras e câncer hereditário, impulsionar a competitividade da indústria nacional em terapias avançadas – promovendo a redução de custos – e incentivar o desenvolvimento inclusivo em saúde, com maior oferta dos serviços prestados aos cidadãos que dependem do SUS.
Confira os projetos a serem monitorados nas visitas técnicas:
- Coalizão multiômicas para estudo da pandemia de covid-19 na população: transcriptoma e imunofenotipagem (USP);
- Estudo de viabilidade, desenvolvimento e reprodução de clones suínos geneticamente modificados livres de patógenos para a fabricação de órgãos para xenotransplante (USP);
- Triagem de Casais para identificação de variantes patogênicas visando à prevenção de Doenças Genéticas Raras. (USP);
- Genomas SUS – centro-âncora (USP);
- CV Genes (HAOC);
- Centro de Competências em Terapias Avançadas (CCTA) – MS /Embrapii (Hospital Israelita Albert Einstein);
- Genomas Raros: cenário e próximos passos (Hospital Israelita Albert Einstein);
- Mapa Genoma Brasil – Saúde de Precisão (BP).
Com informações do Portal Gov.br – 08.10.2024