Estudo é o primeiro, em nível setorial, com tamanha profundidade e com um escopo tão robusto.
O Instituto Ética Saúde, em parceria com o FGVethics e FGVsaúde, lançou o questionário da pesquisa “Indicadores da Percepção da Corrupção no Setor da Saúde”, no dia 15 de abril. O evento no Salão Nobre da FGV, em São Paulo, contou com a presença do Controlador Geral do Estado de São Paulo, Wagner do Rosário; do Controlador Geral do Estado de Minas Gerais, Rodrigo Fontenelle; a presidente do Instituto Ética Saúde, Cândida Bollis; pesquisadores, gestores públicos e representantes do setor privado. Também houve transmissão ao vivo pelas redes sociais.
A Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) é uma das apoiadoras da pesquisa. O diretor da Aliança, Davi Uemoto, ressaltou que a transparência não pode se restringir a dois elos da cadeia. “Transparência verdadeira exige olhar para todos: fornecedores, hospitais, médicos, operadoras de saúde, gestores públicos e privados. E esse olhar só faz sentido quando orientado por um propósito comum: o bem-estar do paciente. Nesse sentido, a pesquisa trará um direcionamento muito valioso. Ela não apenas mapeia percepções, comportamentos e desafios, mas também indicará caminhos possíveis para ações concretas, sustentadas por dados e por uma visão sistêmica”, disse.
A pesquisa será a primeira, em nível setorial, com tamanha profundidade e com um escopo tão robusto. O objetivo é mapear riscos de corrupção na saúde, avaliar a percepção sobre ilegalidades e identificar indicadores-chave de melhoria de performance em compliance. “Esse projeto não tem, de modo algum, o objetivo de ranquear setores. Nós pretendemos trazer dados que sejam úteis às associações. Os resultados vão ajudar os respectivos programas de integridade”, explicou a professora do FGVethics, Lígia Maura.
O questionário está disponível no link https://pt.surveymonkey.com/r/YL6ZMP6 e pode ser respondido por médicos, enfermeiros, pacientes, usuários finais, planos de saúde, hospitais, OSSs, fabricantes, distribuidores, agentes do setor público e privado. “Em apenas oito minutos é possível finalizar”, complementou Lígia Maura.

