Ministro destacou a importância do SUS e sucesso da campanha de vacinação no Brasil.
O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que assegura o direito humano à saúde por meio do acesso universal e gratuito a serviços de saúde”. Com esta frase, o ministro Marcelo Queiroga deu início a sua participação, neste domingo (5), na reunião dos ministros da Saúde do G20. Mais de um ano e meio depois de a pandemia da Covid-19 ter paralisado o mundo, a reunião voltou a ocorrer de forma presencial, desta vez em Roma, na Itália.
Assim como em 2020, as discussões estão centradas em formas de superar a doença e como as lições aprendidas durante o enfrentamento podem agregar valor ao progresso dos objetivos em saúde e na preparação para os desafios globais.
Representando o Brasil perante o grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, o ministro Marcelo Queiroga também comentou o sucesso da campanha de imunização contra a Covid-19 e atribuiu os bons resultados à conscientização que o Ministério da Saúde vem fazendo sobre a importância da proteção; a alta capilaridade do sistema, com mais de 37 mil salas de vacinação; e a ampla aceitação dos brasileiros à vacina que protege contra o coronavírus, superior a 90%.
“Até o momento, mais de 134,1 milhões de brasileiros já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, o que representa mais de 80% da população vacinável, estimada em 160 milhões de brasileiros. Ao todo, o Brasil já aplicou mais de 200 milhões de doses, e distribuiu mais de 253 milhões de doses, das quais mais de 141 milhões foram produzidas em território nacional”, reforçou Queiroga.
O Governo Federal, conforme explicou Queiroga a seus pares, investiu em uma estratégia diversificada para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, as quais se destacam o acordo de transferência de tecnologia entre a farmacêutica AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde; as aquisições feitas via negociação direta com os laboratórios da Pfizer e Janssen; e a encomenda de aproximadamente 100 milhões de doses junto ao Instituto Butantan. Além disso, o Brasil aderiu ao mecanismo Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a cobertura de 10% de sua população.
A exemplo do SUS brasileiro, os sistemas nacionais de saúde são, nas palavras do ministro, a base da preparação, prontidão e resposta à pandemia. “Reafirmamos a necessidade de avançarmos, conjuntamente, para garantir a cobertura universal de saúde, com base na atenção primária, e para retomar o desenvolvimento de estratégias nacionais. Para alcançarmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), necessitamos retomar nosso olhar para as doenças negligenciadas, especialmente nosso compromisso de erradicar a tuberculose, incluindo a promoção do acesso justo e equitativo a medicamentos de alta qualidade”, pontuou.
G20
Principal mecanismo de governança econômica mundial, o G20 reúne chefes de estados, ministros e autoridades de alto nível da África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
Juntos, esses países representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio internacional e dois terços da população mundial. Trata-se, portanto, de agrupamento com poder político e econômico coletivo, capaz de influenciar a agenda internacional, de promover debates sobre os principais desafios globais e adotar iniciativas conjuntas para promoção do crescimento econômico inclusivo e o desenvolvimento sustentável.
Com informações do portal gov.br (05/09/2021)