Vice-presidente Geraldo Alckmin também esteve no evento, que discutiu estratégias nacionais para a saúde, proteção de dados e inovação.
Nesta quarta (21), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve na abertura do Fórum Saúde, em Brasília, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin. O evento, promovido pelo grupo Esfera Brasil e o laboratório farmacêutico EMS, discutiu estratégias nacionais, proteção de dados e inovação, além de debater novas propostas para um melhor acesso à saúde.
Para Nísia, o encontro é importante pois retoma a confiança e a programação de investimentos públicos e privados no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis). “Estamos num momento único e devemos aproveitá-lo de uma forma muito firme, com visão estratégica da aliança da ciência, tecnologia e inovação com o SUS [Sistema Único de Saúde]”, declarou.
Alckmin também exaltou a relação entre o governo e o setor para que o serviço à população melhore cada vez mais. “O presidente Lula sancionou, neste ano, a lei que estabelece a correção anual da tabela do SUS, garantindo o mínimo para o financiamento, tendo em vista que os custos vão crescer pela mudança demográfica, epidemiológica e pela incorporação tecnológica”, observou o vice-presidente.
Na programação do Fórum Saúde, foram debatidos três temas: o primeiro foi “A importância da estratégia nacional de saúde”; o segundo tratou da “Data protection e os impactos na inovação”; e o terceiro abordou “O fortalecimento das agências e novas propostas para o acesso à saúde”.
O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, marcaram presença no evento, que também reuniu o vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, o presidente do grupo farmacêutico NC, Carlos Sanchez, e o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera.
Sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde
Atualmente, a produção nacional de insumos responde por 42% das necessidades da população brasileira. Com a Nova Indústria Brasil (NIB), a meta é produzir, até 2026, 50% das necessidades do país em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e tecnologias em saúde. Até 2033, o objetivo é fornecer 70% das demandas no Brasil.
A NIB tem seis missões, sendo uma delas a promoção do Ceis para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso aos que mais precisam. Para isso, foi criada a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde por meio de diálogo entre sociedade civil, instituições de ciência e tecnologia, laboratórios públicos, empresas e o governo.
Investimento no Ceis
Até 2026, devem ser investidos R$ 58,3 bilhões no Ceis, sendo R$ 8,9 bilhões pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), com foco na produção nacional de vacinas, na Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia – Hemobrás – e no Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS/Santa Cruz-Fiocruz).
Estão previstos, ainda, R$ 9,9 bilhões via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Finep. O setor privado também se juntará aos repasses com mais R$ 39,5 bilhões do Grupo FarmaBrasil, Interfarma e do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).
Com informações do Portal Gov.br – 21.08.2024