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Mais vidas foram salvas com a redução de infecções em UTIs do SUS

Até outubro de 2019, houve redução nos três principais tipos de infecções relacionadas à assistência à saúde: infecção primária da corrente sanguínea associada à cateter venoso central, pneumonia associada à ventilação mecânica e infecção do trato urinário associada à cateter vesical.

Entre janeiro de 2018 e outubro de 2019, mais de quatro mil casos de infecções foram evitadas no país, em UTIs de hospitais da rede pública de saúde. No mesmo período, 1.411 vidas foram salvas. Os números positivos foram conseguidos a partir do projeto “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”, do Ministério da Saúde. O objetivo é reduzir as infecções em Unidades de Terapia Intensiva, aumentar a segurança do paciente, a comunicação entre os profissionais de saúde e pacientes, além do uso correto de equipamentos.

Até outubro de 2019, o projeto obteve uma expressiva redução nos três principais tipos de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS): infecção primária da corrente sanguínea associada à cateter venoso central (IPCSL), com diminuição de 46%; pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), com queda de 51%, e infecção do trato urinário associada à cateter vesical (ITU-AC), com redução de 62%.

O projeto “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil” começou em 2018 e segue até 2020. Atualmente, fazem parte 115 hospitais públicos e filantrópicos que atendem ao SUS. O projeto é executado pelos cinco hospitais de referência integrantes do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital do Coração, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.

Os hospitais de referência são responsáveis por desenvolver as equipes para o alcance das metas pretendidas. As atividades a serem executadas são o desenvolvimento de capacidades técnicas de equipes, a revisão do sistema de trabalho, a melhoria do processo com uso de ferramentas, implementação das ações de mudanças, mensuração e monitoramento dos indicadores de resultado e processo, aliado a uma teoria forte de mudança consagrada nas melhores práticas.

O fortalecimento do projeto e ampliação da metodologia para mais hospitais do SUS é uma prioridade da iniciativa para o próximo ano. Até o final de 2020, a meta é alcançar a redução de 50% dos três principais tipos de IRAS, e disseminar a iniciativa a partir de 2021 para mais hospitais em todo o Brasil.

De acordo com a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência (DAHU), do Ministério da Saúde, Adriana Mello Teixeira os resultados são impressionantes e importantes no âmbito do SUS. “Agradeço a todos os envolvidos. Aos hospitais de excelência pela parceria e aos hospitais participantes pelos resultados. É muito bom ver todos engajados na busca para mudar a cultura e estrutura de cada instituição, apresentando resultados positivos que impactam na qualidade da assistência à saúde prestada pelo SUS”, afirmou a diretora.

Segurança do Paciente

No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu desde 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que tem como objetivo melhorar a assistência prestada aos usuários em todos os estabelecimentos de saúde do Brasil. A pasta trabalha para que as ações do Programa estejam articuladas às demais políticas de saúde com objetivo geral de promover a integração e a soma esforços para melhoria da qualidade dos serviços e segurança dos cuidados no sistema de Saúde.

Com informações do site do Ministério da Saúde (16/11/2019)