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Iniciativas de pesquisa, valorização dos trabalhadores e educação para 2025 são anunciadas no encerramento da 4ª CNGTES

Conferência contou, ainda, com lançamento do Observatório Nacional do Trabalho e da Educação na Saúde (ObservaTES).

Durante a 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES), finalizada nesta sexta-feira (13) em Brasília, o Ministério da Saúde anunciou oficialmente o lançamento do Observatório Nacional do Trabalho e da Educação na Saúde (ObservaTES). Também foram apresentadas iniciativas estruturantes para o Sistema Único de Saúde (SUS), como os programas AfirmaSUS e Vivências no SUS, voltados à educação na saúde. Além disso, foi apresentada a proposta de minuta do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora do SUS (PNAIST/SUS) e as discussões sobre carreiras, tema recorrente nos grupos de trabalho da conferência. A sessão contou ainda com a exibição do documentário Gente que faz o SUS acontecer: 20 anos da SGTES, dirigido por Helena Petta e Ana Petta.

O ObservaTES, em desenvolvimento pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), é uma plataforma virtual interativa com o objetivo de articular redes de colaboração entre pesquisadores, gestores e instituições. A iniciativa visa produzir e disseminar conhecimento, subsidiar decisões baseadas em evidências e fortalecer a equidade no SUS. O lançamento oficial do Observatório, que contará com a composição de um conselho deliberativo, está previsto para o primeiro semestre de 2025. “O objetivo do ObservaTES é reunir, dialogar e estimular a abertura de outros observatórios. Nós já temos vários observatórios pelo Brasil e o nacional tem o objetivo de conectar essa rede”, explicou a secretária da SGTES, Isabela Pinto, destacando que esse observatório servirá como um canal adicional para comunicação e troca de ações, pesquisas e experiências em diversas áreas da saúde.

A secretária anunciou, ainda, programas destinados a fortalecer a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade nas universidades e promover a experiência de estudantes em ambientes de atenção à saúde, conhecendo a realidade do SUS. O Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade para Discentes na Área da Saúde (AfirmaSUS) foi criado com o objetivo de fortalecer a equidade em saúde, apoiando a permanência de estudantes na universidade. O programa visa promover ações de ensino, pesquisa, extensão e cultura, com enfoque interseccional. “Essa é mais uma contribuição para as políticas de ações afirmativas”, declarou. Já o Programa Nacional de Vivências no Sistema Único de Saúde (Vivências no SUS) proporcionará experiências de imersão para estudantes e trabalhadores da saúde, que irão vivenciar o SUS na prática. “Agora, nós ampliamos. Vamos envolver também trabalhadores, docentes das escolas de saúde pública ou de outras instituições formadoras, além de movimentos sociais”, afirmou a secretária.

Na área da gestão do trabalho, o Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora do SUS também foi apresentado. Após a realização de oficinas em todo o país, a proposta de uma minuta está em discussão. “O programa está em vias de ser pactuado. Estamos debatendo o aprimoramento com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems), porque queremos uma participação ampla com contribuições”, explicou Isabela Pinto.

A gente que faz o SUS acontecer vira documentário

O documentário Gente que faz o SUS acontecer: 20 anos da SGTES aborda a história e o legado da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, entre 2003 e 2023, retratando as mudanças nas políticas voltadas a trabalhadores da saúde no SUS. “Tentamos, em poucos minutos, mostrar a grandiosidade desse trabalho de homens e mulheres que estiveram à frente da construção dessas políticas, fazendo com que trabalhadores do SUS fossem centrais nas nossas iniciativas”, afirmou a diretora do documentário, Helena Petta. A secretária Isabela Pinto também comentou sobre a importância do material: “O documentário será disponibilizado para que possa ser usado como referência em todo o SUS, servindo a todos os processos formativos”.

Com informações do Portal Gov.br – 13.12.2024