Já as importações não acompanharam o bom desempenho e recuaram 2,2%. Os Estados Unidos seguem como principal parceiro comercial, tanto em importações quanto nas exportações.
O Brasil fechou o primeiro semestre com crescimento de 5,2% nas exportações de dispositivos médicos, que computaram US$ 393 milhões. As importações totalizaram US$ 3,4 bilhões, com recuo de 2,2%, em relação ao mesmo período de 2021. Os dados são do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). “Com a diminuição dos casos de Covid-19, houve uma redução de compras de testes para detectar a doença e, consequentemente, uma estabilização no mercado de diagnóstico in-vitro, fato que impactou o resultado geral de comércio exterior”, afirma o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
No mesmo período, outros setores melhoraram o desempenho, com o aumento de cirurgias (22,2%) e incremento nas internações hospitalares para consultas, tratamentos e diagnósticos (4,3%), no SUS. Com isso, houve um crescimento de 4,8% no consumo aparente de produtos para a saúde – que é soma da produção nacional e das importações, descontadas as exportações. Para Gomes, “o bom desempenho reflete a alta expressiva na produção doméstica, de 21,8%, com a geração de 6.191 empregos nas atividades industriais e comerciais do setor, totalizando 161.311 trabalhadores nesse mercado, entre janeiro e junho”.
Os Estados Unidos foram o principal país de destino das exportações brasileiras de dispositivos médicos, comprando 20% dos produtos nacionais. Em segundo lugar, ficou a Argentina com 10% desse mercado, seguida pela Bélgica com 7%. Entre os segmentos, destacam-se as compras norte-americanas de itens voltados para ‘Oftalmologia’, com 70,3% do total comercializado. Também é dos Estados Unidos o posto de principal fornecedor de produtos médicos para o Brasil, com 19% do total, seguido de China (14%) e Alemanha (13%).
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