Série de encontros com lideranças políticas e pré-candidatos à presidência da República faz parte da Agenda Saúde 2022/2030 – Dispositivos Médicos promovida pela Aliança
O presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), Bruno Boldrin Bezerra, recebeu o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na capital paulista, nesta sexta-feira (18/03), e apresentou propostas de políticas públicas para fomentar o desenvolvimento do setor de saúde no Brasil. O encontro faz parte da Agenda Saúde 2022/2030 – Dispositivos Médicos, para apresentar os desafios e propostas do setor às lideranças públicas e pré-candidatos à Presidência da República. No dia 17 de fevereiro, a diretoria se reuniu com o pré-candidato do Podemos, Sergio Moro; e no dia 02 de dezembro de 2021, a reunião foi com o pré-candidato do Novo, Luiz Felipe d’Avila.
Bruno Boldrin destacou que o Brasil sofreu com a falta de insumos hospitalares, respiradores, testes de Covid, EPI’s e outros itens durante a pandemia e esse cenário só vai mudar quando o setor for priorizado pelo Estado. “Precisamos ter autonomia e capacidade de produção local, seja pelas indústrias internacionais (que montam fábricas, geram empregos, arrecadam mais impostos, contribuem com pesquisa e inovação) ou nacionais (que podem expandir empregos e ampliar o campo de pesquisa, inovação e desenvolvimento, além de exportar)”.
Para o ex-governador, a Saúde será cada vez mais importante para o desenvolvimento social e econômico do país. “Esse é um setor com crescimento exponencial. A população hoje é madura e caminha para ser idosa. Haverá grandes investimentos em pesquisa e cuidados prolongados, com alta demanda por dispositivos e equipamentos médicos. É uma área muito empregadora”. Geraldo Alckmin defendeu uma agenda de competitividade para o país voltar a crescer, que contempla: custo de capital, acordos comerciais, desburocratização, logística, educação básica, pesquisa e inovação, fortalecimento da indústria e a reforma tributária. “A complexidade do modelo tributário brasileiro leva a perda de receita. A reforma tributária é vital para o Brasil”, afirmou.
O consultor de Relações Institucionais e Governamentais da ABIIS, Armando Queiroz Monteiro Bisneto, reforçou que em 82% dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Saúde é isenta ou paga de 30% a 50% das respectivas alíquotas. “Pela importância social, econômica e estratégica, e alinhado com o fato de o Brasil querer ingressar na OCDE, defendemos um tratamento diferenciado para a Saúde”, complementou o presidente da Aliança.
Também foram temas do encontro o financiamento da saúde pública no país, a má distribuição de recursos e a Tabela SUS, que não é corrigida há 12 anos. “Está ficando insustentável vender para o SUS”, argumentou Geraldo Alckmin, que é médico. O ex-governador encerrou o encontro reafirmando a urgência de uma agenda de competitividade. “O Brasil precisa crescer”.
O projeto Agenda Saúde 2022/2030 – Dispositivos Médicos teve início no ano passado com o lançamento do livro ‘Desafios e Propostas para o Setor de Dispositivos Médicos no Brasil’ e segue com os encontros para discussão das propostas com os principais líderes políticos e pré-candidatos nas eleições de 2022.