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Doença antiga tem tratamento e diagnóstico gratuitos no SUS, mas ainda leva a óbito mais de 4,5 mil pessoas por ano no Brasil

A doença dos artistas e poetas… A tuberculose é uma doença passada, transmitida por via respiratória pela inalação dos aerossóis produzidos pela tosse. Pode acometer outros órgãos, além do pulmão, como por exemplo, o rim. Em termos de saúde pública ainda demonstra muita preocupação. São 70 mil casos novos por ano no Brasil e 4,5 mil mortes em decorrência da enfermidade.

Entre os sintomas mais recorrentes e que devem fazem o paciente procurar uma unidade de saúde estão: tosse por três semanas ou mais (principal sintoma); febre vespertina; sudorese noturna; e emagrecimento.

A tuberculose é uma doença curável, e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS, mas o combate ao avanço da doença passa pelas dificuldades de estabelecer o diagnóstico. De acordo com a farmacêutica e diretora técnica da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Josely Chiarella, o Brasil tem como meta eliminar a tuberculose até 2035. “O diagnóstico é o primeiro passo para o tratamento. O Brasil ainda é um dos países com maior índice da doença. Apenas em 2022, 78 mil pessoas adoeceram com tuberculose”, adverte Josely.

Para a farmacêutica, o diagnóstico precoce de toda forma da doença é fundamental para redução do número de casos. O diagnóstico pode ser feito por meio do exame bacteriológico do escarro. Esse é um método simples, realizado por todos os laboratórios públicos onde se detectam os bacilos álcool-ácido-resistente – BAAR pela coloração de Ziehle-Nilsen ou teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB), que está indicado para diagnóstico de TB em adultos e adolescentes. Após o diagnóstico outros exames são indicados como a cultura de micobactéria, identificação e o teste de resistência a rifampicina. Esse último, é particularmente importante para a orientação do tratamento.

“É importante que a tuberculose seja incluída no diagnóstico diferencial de outras doenças como neoplasias, infecções fúngicas, e infecção por outras bactérias ou mico bactérias. Além disso, todo o paciente diagnosticado com tuberculose deve ser testado para HIB o mais rapidamente possível, visto que a infecção por HIV poderá ter importante impacto clínico na doença”. Alerta a farmacêutica.

Quando uma pessoa é exposta ao bacilo da tuberculose ela tem 30% de chance de se infectar dependendo do grau de exposição, e pode permanecer saudável por muitos anos. Apenas 5% dessas pessoas adoecem. “Existem alguns testes capazes de detectar essa tuberculose latente. Um deles é o IGRA, um teste enzimático capaz de quantificar a liberação de interferon gama pelas células que foram estimuladas com antígenos da tuberculose”, conclui Josely. (Com informações da Oficina de Mídia – 29.09.23)