Casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser imediatamente isolados, segundo a recomendação do Ministério da Saúde.
Erupções cutânea ou lesões de pele, ínguas, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza são sintomas da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. Porém, para confirmar ou descartar a doença, o único caminho é a testagem. O teste para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita da doença. Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser imediatamente isolados, não sendo necessário aguardar o resultado positivo para iniciar o isolamento.
A amostra a ser analisada será coletada, preferencialmente, das secreções das lesões. Se as lesões já estiverem secas, o material encaminhado são as crostas das lesões. Também é possível realizar coleta por meio swab de orofaringe (boca e garganta) e swab anal ou genital, nos casos em que o paciente não apresenta lesões na pele ou mucosas. O diagnóstico da varíola dos macacos é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético.
O teste molecular é um método de diagnóstico laboratorial que permite identificar a presença do material genético do vírus em uma amostra. Já o sequenciamento genético é uma técnica mais complexa, onde é realizada a identificação de bases do DNA. Com esse mapa genético, é possível comparar o genoma do vírus com outros disponíveis nas bases de dados.
Após a realização do teste, o material é encaminhado pelos estados para a rede de referência laboratorial. Esse transporte é feito por avião. Atualmente são oito unidades, sendo quatro unidades de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. E mais quatro unidades de referência nacional, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) localizadas nos estados do Rio de Janeiro e Amazonas, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Instituto Evandro Chagas, no estado do Pará.
A previsão para o resultado do teste molecular é de até 72 horas após o recebimento da amostra no laboratório de referência. Em caso de necessidade de realização do sequenciamento genético, este resultado é liberado em até cinco dias, após o resultado do teste molecular.
Os resultados laboratoriais obtidos pelos Lacen e laboratórios de referência são liberados pelo sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), onde o profissional que solicitou o teste tem o acesso a essas informações de resultados e a pessoa que realizou o exame tem acesso por meio do serviço de saúde em que foi feito o atendimento.
Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste.
Com informações do portal gov.br (12/08/2022)