O encontro organizado pela Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), durante o meeting promovido pela ADLM (Association for Diagnostics & Laboratory Medicine), no London House Chicago Hotel, em Chicago, Estados Unidos, nesta segunda-feira, 29 de julho, foi considerado exitoso pelas entidades que promoveram o evento.
O workshop “Delegação Brasileira em Missão na ADLM”, que teve como tema “Diagnóstico 5.0: a Inteligência Artificial Reinventando a Saúde”, contou com as participações de Kristin Pothier, Global and National Healthcare and Life Sciences Strategy Leader e Deal Advisory and Strategy; e Joe Zaccaria, Managing Director, Deal Advisory & Strategy. A dupla representou a KPMG.
O painel “IA Generativa e seu Impacto no Mercado de Diagnóstico. O que esperar?” e “Impactos em M&A” foi conduzido por Kristin que discorreu sobre a regulamentação, reembolso e acesso ao mercado, que variam de país para país e criam desafios significativos.
Segundo a líder da KPMG, no Brasil, as novas legislações trazem inovações, mas também dificultam o acesso para muitos pacientes. “No setor de diagnósticos, só no primeiro semestre deste ano, tivemos muitos negócios. E o interessante é que eles continuam menores e mais complexos. Isso é algo que, no nosso espaço de diagnósticos, temos enfrentado nos últimos 30 anos. Quando falamos de diagnósticos, isso é mundial. Nossos negócios de serviços e produtos são muito diferentes, e estamos vendo isso em todo o mundo, o que é ótimo. Se olharmos para o lado direito, vemos a variedade de diferentes tipos de negócios que estão se movendo em nosso setor”, comentou.
Ainda de acordo com ela, a inovação continua, especialmente em plataformas multiômicas, mas o setor enfrenta barreiras no ecossistema, como regulamentação e pagamento, “o uso de IA generativa está sendo explorado para melhorar operações, qualidade, comunicação e insights, mas sua implementação requer preparação adequada de pessoas, processos e tecnologia’.
Já Joe Zaccaria abordou assuntos correlatos às empresas de ciências da vida, especialmente laboratórios e empresas de diagnóstico, que podem usar IA generativa em quatro áreas principais: melhorias operacionais (documentação inteligente, gestão, cadeia de suprimentos), qualidade (QA, QC, tarefas repetitivas), comunicação (mensagens internas e externas) e insights (análise de dados anteriores, projeções futuras).
Entre os exemplos citados pelo especialista estão a automação de pedidos de teste, preparação de pacientes, criação de rótulos e otimização de rotas de transporte.
“Desde o pedido de testes, preparação do paciente, coleta de sangue, transporte de amostras, processamento de laboratório, resultados, interpretação até o planejamento de tratamento. É assim que o laboratório tem funcionado há bastante tempo. O que tentei fazer aqui foi destacar onde estamos realmente vendo a IA generativa ser utilizada em alguns de nossos parceiros de laboratório. Há muitas áreas diferentes onde, embora eu não acredite que a IA generativa seja o ajuste certo no momento certo para tecnologias analíticas novas, há amplo espaço para utilizar IA generativa na força de trabalho do seu laboratório”, destacou Zaccaria.
Com informações do Site da CBDL – 30.07.2024