Carlos Eduardo Gouvêa, presidente executivo da Câmara Brasileira do Diagnóstico Laboratorial (CBDL), participou do “15º Seminário UNIDAS – Autogestões e suas Contribuições para a Saúde Suplementar”, que ocorreu em Brasília (DF), nos dias 24 e 25 de abril.
O evento, que já é um marco na discussão dos caminhos para a busca de sustentabilidade da saúde suplementar, reúne as grandes autoridades do setor de Saúde.
Palestrante no painel “Gestão da Rede Credenciada”, Gouvêa dividiu o palco com o Prof. Dr. José Luis Toro, presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Saúde Suplementar, e contou com a moderação de Larissa Eloi, CEO do SindHosp.
Temas como a importância da contratualização e da atualização da regulamentação para o setor (revisão da RN 137 /2006 da ANS com vistas a uma flexibilidade maior das Autogestões) foram alguns dos pontos trazidos pelo Dr. Toro, enquanto o líder da CBDL aproveitou para abordar a importância das novas relações entre os diferentes atores no ecossistema da saúde. Neste sentido, o setor de produtos para saúde tem um papel fundamental na promoção do segmento pro meio da discussão de novas formas de remuneração, além da revisão de práticas atualmente bem comuns que acabam minando a confiança entre os atores da cadeia de valor. “Isto pode começar pela avaliação de projetos-piloto para a incorporação de novas tecnologias de forma direta entre as partes (operadora e fornecedor), considerando desfechos, experiências e, até mesmo, compartilhamento de riscos, se for o caso, servindo inclusive de base para apoiar futura incorporação pela ANS. O fato é que o sistema precisa de uma grande e urgente mudança, caso contrário irá entrar em colapso”, advertiu o presidente da CBDL.
Gouvêa ainda ressaltou a importância de atender à recomendação da Resolução da Assembleia Geral da OMS, de maio de 2023, para se promover o “Fortalecimento da Capacidade Diagnóstica”, exatamente para se buscar o cidadão ainda “invisível” para o sistema de saúde. “Para tanto, é mais do que necessário se rever o paradigma do foco na doença para cada vez mais olhar para a prevenção, bem estar e melhor qualidade de vida. Neste sentido, a Autogestão pode exercer um papel primordial, fortalecendo aspectos de atenção primária à saúde, com campanhas, projetos específicos de conscientização e engajamento da sua base de clientes para o seu empoderamento em termos de acesso ao diagnóstico precoce e preciso que ajudarão, se necessário, a chegada de terapias cada vez mais assertivas, menos custosas e menos invasivas.
(Com informações da CBDL – 26.04.2024)