Documento foi firmado nesta segunda (5), em visita do presidente Lula ao país vizinho. Entre as ações, estão a promoção de estratégias de vacinação, cooperação para acesso a tecnologias e na área de recursos humanos.
Brasil e Chile assinaram, nesta segunda-feira (5), um Memorando de Entendimento que estabelece um marco institucional para fomentar esforços de coordenação na área de saúde. O objetivo é ampliar colaborações já existentes e promover novas ações que sejam reconhecidas mutuamente como benéficas para os dois países latino-americanos.
O documento foi assinado hoje durante o primeiro dia de visita do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ao país do presidente chileno, Gabriel Boric. A ocasião marca o lançamento de uma nova etapa da relação entre as duas nações, por meio da assinatura de 17 acordos e tratativas sobre amplo leque de temas, representando uma expansão significativa da agenda bilateral.
Nesta segunda, a ministra Nísia Trindade participou de reunião bilateral com a ministra da Saúde do Chile, Ximena Aguilera. No encontro, foram debatidas ações de resposta a emergências climáticas e resiliência de sistemas de saúde. Nísia também apresentou à colega a experiência brasileira no controle de arboviroses, bem como tratou da produção de vacinas e medicamentos. O encontro também contou com a presença do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Moreira.
“Da nossa cooperação, tenho certeza que já estão saindo resultados, e mais resultados ficarão muito bem definidos até abril do próximo ano na área de produção de insumos, vacinas, medicamentos, vigilância frente a emergências em saúde e outros problemas ligados a doenças transmissíveis”, destacou Trindade, depois da reunião.
Destaques do memorando
Assinado pelas ministras da Saúde dos dois países, o acordo envolve:
- Fortalecimento dos sistemas de saúde pública no âmbito da atenção primária: estratégias para promoção da vacinação e intercâmbio de experiências e investigações relacionadas à atenção primária;
- Promoção da ciência, tecnologia e inovação em saúde: prioriza a cooperação para acesso a produtos e tecnologias em saúde e o fortalecimento desenvolvimento e a produção regional de bens e serviços estratégicos para os sistemas de saúde, por meio do desenvolvimento e fabricação regional de insumos farmacêuticos ativos, medicamentos, vacinas e soros, hemoderivados, produtos biotecnológicos, dispositivos médicos e tecnologias digitais;
- Gestão do trabalho e da educação na saúde: desenvolvimento e capacitação de recursos humanos em saúde;
- Atenção especializada à saúde: fortalecimento das redes de atenção especializada ambulatorial; Fortalecimento das políticas nacionais de atenção à saúde da pessoa com deficiência; e Intercâmbio de experiências em matéria de atenção domiciliar e cuidados prolongados em decorrência do envelhecimento populacional;
- Vigilância em saúde e ambiente: compartilhar metodologias para o fortalecimento das estratégias de preparação, vigilância e resposta a potenciais emergências em saúde pública; promover a vigilância laboratorial de agravos de importância para a saúde pública, incluindo ações de vigilância genômica;
- Saúde digital: Cooperação para a implementação da saúde digital e da telessaúde como estratégia de integração entre os níveis de atenção à saúde.
Com informações do Portal Gov.br – 05.08.2024