“A pandemia de Covid-19 tem sido a oportunidade para debatermos de forma profunda o subfinanciamento do SUS”, afirmou o palestrante e economista sênior do Banco Mundial, Edson Araújo.
A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde realizou, em 22 de fevereiro, a primeira iniciativa da recém lançada Academia ABRAIDI. O evento foi aberto pelo gerente de Conteúdo e Compliance da Associação, Davi Uemoto, que explicou as características e objetivos do projeto, bem como apresentou o primeiro curso da iniciativa.
O primeiro Curso de Capacitação em Fornecimento de Produtos para Saúde (saiba mais: https://www.eseni.com.br/academiaabraidi/) foi pensado cuidadosamente para permitir que o aluno tenha uma visão panorâmica sobre o setor, desde o processo de importação e gestão logística, passando por regulação sanitária, gestão de vendas e licitações. Além disso serão abordados temas transversais (Gestão Financeira, Tributação, Compliance e LGPD) que se estendem ao longo de toda a cadeia de valor. Ao todo serão 72 horas de curso, com início previsto para o dia 08 de março.
O professor convidado para a aula magna foi o economista sênior do Banco Mundial, Edson Araújo, mestre em Economia da Saúde pela Universidade, na Inglaterra, e Doutor pela Queen Margareth University, em Edimburgo, na Escócia. Edson Araújo já atuou na Organização Mundial da Saúde e no Ministério da Saúde, entre outras instituições. Participou também da aula magna, o diretor técnico da ABRAIDI, Sérgio Madeira.
Edson Araújo abordou o tema da sustentabilidade, os desafios do sistema de saúde no Brasil e no mundo, o que a pandemia ensinou e o que pode ser feito diferente, a partir de então. “A Covid-19 tem sido a oportunidade para debatermos de forma profunda, aqui no Brasil, o subfinanciamento do SUS, que ganhou muita relevância e reconhecimento da sua importância por toda a sociedade durante a crise sanitária”, afirmou o palestrante.
A aula magna foi estruturada em quatro pilares principais: a sustentabilidade do sistema de saúde com custos crescentes, envelhecimento da população e a falta de controle de gastos; os desafios do sistema de saúde brasileiro, com um subfinanciamento, onde o país gasta pouco e mal; a pandemia de Covid-19, que trouxe a oportunidade de debate profundo sobre a saúde; e, por fim, o futuro do sistema de saúde brasileiro, com as propostas de reforma do SUS.
Edson Araújo destacou que atualmente não existem índices de preços adequados aos serviços de saúde. “Esse setor tem uma dinâmica específica que precisa ser olhada de forma diferente. Melhorar a eficiência, por exemplo, é uma agenda global da saúde, que tem sido analisada na maioria dos países”. O economista questionou qual é o impacto do gasto com saúde e analisou que gastar mais não é o caminho, mas como esse dinheiro pode ser usado de forma mais eficaz.
Ainda há vagas para o curso. Dúvidas com relação ao conteúdo programático, valores e condições de pagamento podem ser encaminhadas para o e-mail: academia@abraidi.com.br.
Com informações do site da ABRAIDI (23/02/2022)