A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde foi representada, em 10 de abril, pelo diretor técnico, Sérgio Madeira, e pelo gerente executivo, Davi Uemoto, em reunião no Ministério da Saúde com a nova responsável pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo Industrial da Saúde (SECTICS), Fernanda de Negri. Também participaram do encontro o secretário adjunto (em publicação), Eduardo Jorge Oliveira; o coordenador-geral das Indústrias de Saúde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Diego Pizetta; e o assessor técnico da SECTICS, Eduardo Mulinari.
Para o diretor técnico da ABRAIDI, além da simples mudança de nome da Secretaria — antes denominada SCTIES — o convite representa uma postura construtiva de diálogo com a sociedade, buscando conhecer melhor o setor de dispositivos médicos e suas necessidades. “Tivemos a oportunidade de apresentar as dificuldades de acesso e inclusão de tecnologias, em especial a videocirurgia, que não está prevista na tabela do SUS e na atual lista de OPME. Grampos cirúrgicos, grampeadores, trocárteres, entre outros itens, não são cobertos pela tabela vigente”, relatou Sérgio Madeira.
“Também registramos a expectativa de inclusão de projetos envolvendo dispositivos médicos nos programas de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), recentemente retomados pelo Ministério da Saúde por meio da SECTICS”, acrescentou o diretor técnico da ABRAIDI, que apresentou os números desproporcionais dos gastos entre fármacos — na ordem de R$ 250 bilhões — e dispositivos médicos, em torno de R$ 20 bilhões. “A parte mais visível para a população é aquela relacionada aos procedimentos cirúrgicos, portanto dispositivos médicos deveriam ter mais destaque em projetos do MS ”, argumentou Sérgio Madeira.
O secretário-adjunto, Eduardo Jorge, informou que o MS irá anunciar, nas próximas semanas, um importante programa de investimento para a recuperação da rede SUS com equipamentos básicos para UBS e hospitais de média complexidade, incluindo arcos em C e torres de videocirurgia.
O Gerente Executivo da ABRAIDI, Davi Uemoto aproveitou para registrar na reunião, a importância da renovação do Convênio ICMS nº 01/99, as questões relacionadas à reforma tributária e a oportunidade de fortalecimento da indústria nacional, produzindo para o mercado interno e global itens essenciais e básicos de consumo hospitalar no SUS. Atualmente, mais de 60% desses itens são provenientes do exterior”, concluiu o Davi.
Os representantes da ABRAIDI se colocaram à disposição para colaborar na aproximação com possíveis interessados, no Brasil e no exterior, em ocupar esse espaço de mercado, inclusive comentando sobre a oportunidade e a conveniência de se tornar fornecedor do SUS como complemento à atuação na saúde privada.
“Destacamos nosso incondicional apoio às agências reguladoras, especialmente à Anvisa, considerando temas como a recomposição do quadro de colaboradores, avaliação de tecnologias e demais competências”, afirmou Sérgio Madeira, que acrescentou: “A ABRAIDI promoverá uma ampla discussão do setor para construir um pedido à Conitec visando à inclusão das videocirurgias na lista de procedimentos e dispositivos médicos do SUS.”
Segundo o diretor técnico, a reunião foi oportuna e produtiva com importantes resultados práticos, tanto na ampliação do acesso a tecnologias quanto no direcionamento de políticas públicas para a assistência médico-hospitalar brasileira.
Com informações do ABRAIDI – 15.04.2025