Evento reuniu representantes do governo, indústria e convidados internacionais, para debater o futuro da saúde.
O presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), Carlos Eduardo Gouvêa, foi um dos painelistas do XI Fórum Empresarial do Mercosul – Estratégias e desafios para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, realizado no dia 14 de novembro, em Brasília. O evento reuniu representantes dos Ministérios da Saúde; Relações Exteriores; Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Ciência, Tecnologia e Inovação; da OPAS/OMS; Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial; entidades representantes da indústria da saúde; Fiocruz; Instituto Butantan; Agência Nacional de Laboratórios Públicos; e associações da Argentina e Paraguai. O diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes, foi um dos participantes.
Os convidados expuseram projetos em andamento e ambições de desenvolvimento nos setores de produtos químicos e biotecnológicos; insumos, dispositivos médicos e diagnóstico; e inovação e conectividade.
Carlos Eduardo Gouvêa destacou que a saúde é um setor estratégico em qualquer lugar do mundo. “Novos produtos médico-hospitalares e para o diagnóstico são investimentos e não despesas. 47% da população global não tem nenhum ou pouquíssimo acesso a detecção de doenças. A principal resolução da Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde, de maio deste ano, determina que os países membros têm a responsabilidade de usar o diagnóstico como grande fonte de acesso à saúde mais equitativa e justa”, frisou.
Em 12 anos de intenso trabalho junto aos membros dos poderes Executivo e Legislativo, a ABIIS conseguiu mostrar a representatividade e valor dos dispositivos médicos no Brasil, um mercado que movimenta mais de US$ 11 bilhões por ano, com mais de 80 mil produtos registrados na Anvisa, em um universo de 500 mil tecnologias médicas. “O nosso setor está em constante evolução. Estamos falando de equipamentos vestíveis com sensores e tecnologias que permitem coletar dados sobre a saúde do usuário, testes rápidos (como os da Covid-19), entre outros, formando uma grande ferramenta de vigilância epidemiológica para os gestores públicos”. Carlos Eduardo Gouvêa reforçou a importância das parcerias com a academia e investimento em pesquisa e desenvolvimento. “Vai trazer conhecimento e capacitação, além de reduzir o tempo de acesso às novas tecnologias. E é exatamente isso que o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) está promovendo”.
O gestor apresentou o Observatório do Diagnóstico, um radar de horizonte tecnológico e de saúde, que mapeia o que e onde estão sendo efetivamente utilizados os testes diagnósticos por georreferenciamento. Isto, além de propiciar um mapeamento epidemiológico, ajudará a dar as condições para criar-se uma rede integrada de inovação, o que o mercado precisa e oportunidades de onde investir. “O primeiro grande projeto está focado na resistência antimicrobiana (“RAM”) – onde se diagnostica, identifica e se verifica a susceptibilidade de bactérias a determinados antibióticos. Porque esta é a próxima pandemia silenciosa. É uma iniciativa que merece imediata atenção”, finalizou.