Objetivo é reduzir as assimetrias entre os países e identificar desafios e boas práticas nas Américas.
O presidente do Conselho de Administração da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, Carlos Eduardo Gouvêa, o presidente executivo, José Márcio Cerqueira Gomes, e o diretor, Steven Bipes, participaram, entre os dias 10 e 11 de março, do ‘Americas RISE for Health – construindo economias e ecossistemas de saúde resilientes, inclusivos, sustentáveis e equitativos’, em Punta Cana, na República Dominicana.
Este é um projeto que surgiu na Cúpula das Américas de 2022, realizada no Panamá, com o objetivo de reduzir as assimetrias entre os países e identificar desafios e oportunidades. Representantes de governo (16 países), setor privado e sociedade civil do continente americano debateram avanços regulatórios na saúde, investimento e geração de emprego, ética e saúde digital.
Palestrante do evento, Carlos Eduardo Gouvêa destacou que a ética é fundamental para a construção de uma economia na saúde confiável, transparente e responsável. E apresentou como exemplo o Marco de Consenso do Brasil para a colaboração ética multissetorial na Saúde – que reúne mais de 35 entidades, sendo uma delas a ABIIS –, uma iniciativa do Instituto Ética Saúde. “Acordos como este, que tem inclusive o endosso de diversos órgãos de governo e ministérios, ajudam na tomada de decisões claras e robustas de toda a cadeia”.
O presidente da Aliança destacou também com extremamente positiva a criação de um conjunto de ferramentas para compras públicas. “Isso é particularmente importante, dado que as aquisições públicas representam em média de 13% a 20% do PIB ou quase US$ 9,5 trilhões. Ao mesmo tempo, o sistema é vulnerável à corrupção e subornos. Globalmente, mais de 7% dos gastos com saúde ou aproximadamente US$ 500 bilhões (USD) são perdidos anualmente para as más práticas”, frisou Gouvêa.
Ele convidou a todos para participar da Coalizão Interamericana de Ética nos Negócios. “Associações que representam a indústria da saúde podem e devem desempenhar um papel de protagonistas na redução da corrupção, a exemplo da ABIIS. Estabelecemos padrões de comportamento e fornecemos ferramentas e orientações para nossos membros. Encorajo todos vocês a compartilhar desafios e melhores práticas, pois a implementação de iniciativas como as citadas aqui depende de uma ação coletiva”, finalizou.
O evento também deu ênfase a Boas Práticas Regulatórias e Convergência Regulatória. Os tópicos destacados foram a implementação de dossiês regulatórios (CTD/eCTD); a digitalização dos processos regulatórios; agilidade regulatória aprendida com a COVID-19; caminhos simplificados e acelerados para a aprovação e vigilância de produtos de autocuidado; e analisar práticas de confiança.
“O diálogo com todos os participantes trouxe um saldo extremamente positivo, pois a troca de informações e experiências enriqueceu demais os debates”, concluiu o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.