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81,3% das mulheres entre 25 e 64 anos fizeram exame no colo de útero

Meta do Ministério da Saúde é chegar em 85% na cobertura do exame para diagnóstico da doença nos últimos três anos.

No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o Ministério da Saúde publicou Boletim Epidemiológico sobre a prevalência de realização de exame preventivo de câncer de colo de útero. O documento revela que, no Brasil, 81,3% das mulheres de 25 a 64 anos de idade disseram, em 2019, ter realizado o exame preventivo de câncer de colo de útero nos últimos três anos.

A meta do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011 – 2022, elaborado pela Ministério da Saúde, é aumentar a cobertura de papanicolau em mulheres de 25 anos a 64 anos de idade nos últimos três anos para 85%.

O perfil epidemiológico apontou desigualdades sociais e econômicas para a realização de exames preventivos, sendo menos realizados por mulheres que se declararam pardas, com menores índices de escolaridade e renda, além de desigualdades regionais.

Baseado em um estudo descritivo, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, cuja coleta de dados ocorreu entre agosto de 2019 e março de 2020, o Boletim traz dados por unidades da federação, região, escolaridade, raça/cor, rendimento/renda per capita, entre outros aspectos.

Acesse o Boletim Epidemiológico sobre a realização de exame preventivo de câncer de colo de útero entre mulheres no Brasil: Boletim Epidemiológico Vol 53 Nº 09 — Português (Brasil)

Sobre a doença

O câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), e os fatores que aumentam o risco de desenvolvê-lo são início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

Para o controle do câncer de colo de útero, são recomendadas ações de prevenção, detecção precoce e acesso ao tratamento. A detecção precoce compreende o rastreamento, com vistas a encontrar o câncer pré-clínico ou as lesões pré-cancerígenas, e o diagnóstico precoce, para identificar o câncer em estágio inicial em pessoas que apresentam sinais e sintomas.

A realização da citologia oncótica, também conhecida como Papanicolau ou exame citopatológico, é a principal estratégia para detectar as lesões precursoras. No Brasil, a recomendação para o rastreamento é a realização do exame por mulheres entre 25 a 64 anos que já tiveram relação sexual. Os exames devem ser realizados com intervalo anual e, após dois resultados negativos, a cada 3 anos.

Com informações do portal gov.br (22/03/2022)